Comércio eletrônico bomba em 2015
O faturamento cresceu 11% nos primeiros 4 meses de 2015 e chegou a R$ 12 bilhões. Já o número de lojas virtuais cresceu 42%.
Já é lugar comum que a palavra “crise”, em japonês, significa perigo e oportunidade. Isso é especialmente verdadeiro no capitalismo, onde toda crise vem recheada de perigos e oportunidades.
Um ecommerce é uma solução tecnológica que permite aumento de vendas com redução de custos, mas que exige aprendizado, mudanças em processos e na cultura da empresa.
É justamente durante as crises que os empresários estão mais propensos a aprender coisas novas e também a investir em mudanças, seja em processos ou culturais. Ou seja, não é a toa que o número de lojas cresceu 42% nos primeiros meses de 2015. O comércio eletrônico está se destacando como uma grande oportunidade na crise atual.
André Ricardo Dias, diretor de inteligência e pesquisa da E-bit, disse que as lojas virtuais são encaradas pelo consumidor como “uma forma de economizar e buscar melhores oportunidades de preço e pagamento”. Ou seja, para o consumidor, a crise torna as lojas virtuais mais atraentes, pois permitem mais economia e melhores condições de pagamento.
Alguns Cases:
O analista de marketing digital Thiago Ciafreis abriu uma loja virtual há três meses. Os produtos mais vendidos no site dele são telescópios e binóculos por causa da proximidade do dia dos pais. A loja de presentes nasceu em março como plano B para Thiago conseguir uma grana extra. Hoje está sobrando um dinheirinho para aumentar o estoque e crescer mais. “Todo mês tem dobrado de tamanho. Daqui um ano, acho já vai estar girando legal”, conta (Fonte: Bom Dia Brasil ).
“A loja física estava em um movimento muito lento por causa da crise e a gente sentiu a necessidade de ter mais um canal de venda. Aí pensamos em criar um online”, diz a administradora de empresa Cláudia Venâncio. Juntos, ela e o marido, que trabalha na área de tecnologia, criaram uma loja virtual. O diferencial é um atendimento que tenta trazer o cliente, que ninguém vê, para bem pertinho, respondendo as dúvidas em um bate-papo online. “O resultado tem sido ótimo. A gente espera no próximo trimestre vender mais pela loja virtual do que pela loja física”, afirma o especialista em tecnologia, André Venâncio (Fonte: Bom Dia Brasil ).
Mercado:
Em 2014, segundo relatório Webshoppers, o faturamento no comércio online brasileiro foi de R$ 35,8 bilhões, um crescimento de 24% sobre os R$ 28,8 bilhões de 2013, com um valor (ticket) médio de R$ 347 por venda. Para 2015, a estimativa de crescimento é de 20 por cento. Hoje, o ticket médio (valor médio das compras) está em R$ 378.
Espera-se um crescimento de pelo menos 20% em 2015, mesmo com “crise”.
Um estudo patrocinado pelo PayPal e executado pelo IDC, sobre as tendências do consumo digital em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru), constatou um crescimento acelerado do e-commerce na região. O levantamento estimou a movimentação do setor em mais de US$ 100 bilhões em 2018 – equivalente a um aumento de 177% frente a 2014. Detalhe, o Brasil representa 50% de todo o faturamento em ecommerce da América Latina, além de possuir os consumidores que mais compram, em termos de frequência, volume e valor unitário médio.
Por: Vinicius Castro / Virtuaria
Pingback: Vendas on-line sobem 26% no fim de ano - Virtuaria
Gostei muito deste artigo. Muito bom.