Atacado via ecommerce: Uma nova fronteira a ser desbravada
Por Mike Gabriel*
Quando falamos em comércio eletrônico pensamos logo no varejo de moda, eletrônicos, livros, viagens… se pensarmos um pouco mais iremos lembrar dos sites de delivery de alimentos que aumentam sua presença no mercado. Mas o que pouca gente pensa é em ecommerce para atacadistas, mas isso está mudando e os atacados estão entrando no mundo virtual. Vamos saber um pouco mais sobre essa nova fronteira a ser desbravada pelo comércio eletrônico brasileiro.
Por ser uma operação B2B (Business to Business), o ecommerce atacadista não tem o mesmo apelo de público que os ecommerces tradicionais, salvo os “atacarejos”, mas ainda assim investir em um atacado virtual é uma tendência cada vez mais forte como veremos abaixo.
Pequenos comerciantes
O Brasil passa pela febre do empreendedorismo, assim o número de pequenos negócios explodiu país afora e este negócios precisam ser abastecidos e requerem uma atenção especial, por outro lado este pequenos negócios têm, naturalmente, demandas pequenas, o que é um problema para a logística dos atacados.
Com o comércio eletrônico essa barreira cai, pois com os comerciantes fazendo seus pedidos pela internet, fica mais fácil atingir de uma só vez vários pequenos negócios e com poucas visitas da equipe de vendas, que poderá dar uma atenção maior a estes empreendedores, servindo inclusive como consultores.
Vendedores se tornam consultores
Como falamos anteriormente, vendedores podem se tornar consultores uma vez que o sistema de comércio eletrônico faz a parte da “força bruta” de tirar os pedidos, a equipe de vendas, então, poderá se empenhar mais em orientar seus clientes seja nas melhores compras a serem realizadas ou mesmo na melhoria de seus modelos de negócio, atuando como uma consultoria.
Esta mudança irá fidelizar o cliente, além de garantir a sustentabilidade do mesmo e, por consequência, do atacadista.
Relacionamento mais próximo com o cliente
Por tudo que foi falado acima, o aumento do relacionamento com o cliente é notório, uma vez que o mesmo terá a presença do vendedores/consultor de forma mais produtiva para o seu negócio e o próprio ecommerce servirá de ponto de apoio a este empreendedor na hora de tirar dúvidas, ver novidades, promoções, receber descontos e etc.
Sem um sistema de comércio eletrônico esse relacionamento só era possível durante as visitas esporádicas do vendedor, agora ele se torna constante fazendo com que as visitas sejam mais escassas, porém mais produtivas.
Lucratividade
E quanto ao lucro, será que o ecommerce pode melhorá-lo? Ainda que o ecommerce não seja uma tábua de salvação para negócios com dificuldades, ele pode sim ser vetor de aumento da lucratividade, sobretudo quando possibilita o aumento de público, gerando mais demanda.
O aumento de público é “natural” uma vez que com boas campanhas de marketing você pode atingir comerciantes que antes não interagiam com sua marca por conta da falta de um vendedor/representante em sua região. Assim, os custos de transporte, salários, hospedagem, alimentação e etc de uma equipe de vendas pode ser revertido para ações de marketing que terão maior alcance e retorno.
Portanto, o atacado é mais uma fronteira do ecommerce a ser explorada e quanto antes as empresas do setor começarem a implantar suas loja virtuais, mais cedo ganharão o conhecimento necessário para deslanchar nessa nova modalidade de negócios que está rapidamente deixando de ser uma simples inovação para se tornar essencial à maioria dos modelos de negócio.
* Mike Gabriel trabalha com a comunicação da SWX Softwares
Bacana.